sexta-feira, 24 de junho de 2011












ABSTRACTA






O último cigarro que traguei
trazia consigo todo o meu estado de torpor,
a poesia que você dedicou a mim
e a autoria que roubei
Não por malícia
Só quis dizer que aqueles sentimentos escritos
também eram meus.

A fumaça doce cobriu o nome daquelas 7 mulheres
e seus corpos
que eram poesias completas
Concretas
Indecifravelmente Esfinges Modernas
de contornos infinitos
e traços dúbios,
Austeros.

Projetou-se com ferocidade
E traçou com sua língua poesia sobre minha pele
Ouvimos um disco antigo para restabelecermos
qualquer falha
Devolvi seu poema sem qualquer jogo de vilania
Mas antes deixei misturar-se
a matéria insipiente da minha Mulher.

Infindável poesia de amor.
O meu gesto de gostar
sub|trai
mas faz viver.





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