sábado, 11 de junho de 2011


Fruto de uma conversa de bar com bons amigos
Algumas reflexões sobre o amor.



"Cada ano dediquei-me a alguém
e supus ser diferente - não melhor; apenas novo.
E, assim, quis conhecer a sua vida
e partilhar do seu gostar de.

De cada reconhecimento ficou uma marca:
Houve os dias em que o encanto veio das mãos -
naqueles dias não era o toque,
era o simples manejar dos gizes-de-cera.
Conheci quem eu amasse pela Literatura ou pelo desenho
amei julgando ser os olhos
toda a causa da minha inquietação.

Questionaram-me:
Gosta de mim mais do que já gostou de qualquer outra pessoa?
Oras! São diferentes modos de amar.
Amo pelo encantamento que sinto.
Por que querer Tudo que sinto?
Eu ficaria seca
Sem nenhuma chance de me regenerar e
amar ao menos mais uma vez.

Toda a inconstância do conhecimento
do que nunca havia sentido
dedico-me ainda a isso
em verbo
e substantivo."





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